Conhecida em meados dos anos 2000 após ser revelada pelo quadro de novos talentos do Raul Gil, Jotta A voltou aos holofotes recentemente por mostrar ao mundo quem realmente é. Através das redes sociais, a cantora compartilhou com os seguidores a alegria de finalmente poder se assumir como mulher trans.
“Essa sou eu, indo ao cartório fazer a primeira solicitação de retificação do meu nome de registro. O processo é um pouco demorado, devido aos detalhes e protocolos. E na minha condição, que nasci em Guarajá-Mirim, em Rondônia, fica ainda mais difícil (na perspectiva de quem mora no sudeste do país)”, contou em carta aberta.
Atualmente com 24 anos, a carreira da cantora começou aos 6 na música gospel e aos 12 anos participou pela primeira vez do programa do apresentador do SBT.
Após ganhar a competição, Jotta A (como usa nas redes sociais), ou simplesmente Jotta (como gostaria de ser chamada), viu sua carreira no gospel deslanchar. Lançou o disco “Essência” que concorreu ao prêmio “Troféu Promessas”, em 2012, e em 2013, lançou o trabalho indicado ao Grammy Latino, “Geração Jesus”.
Quatro anos depois o trabalho “Recomeçar” foi lançado nas plataformas e em 2015 Jotta lança seu primeiro disco totalmente em espanhol. No processo de reencontro com seu pertencimento, ela resolveu sair da música gospel em 2020 e entrou em uma fase baseada no pop e reggaeton.
Novo momento
A identidade de mulher transgênero de Jotta foi revelada no dia 11 de abril nas redes sociais, e desde então, a artista não deixou os holofotes, mas luta contra o preconceito da igreja.
“O que eu sinto hoje de mais difícil é a falta de sensibilidade das pessoas de entenderem que cada um vive o seu mundo. E muitas pessoas que me acompanham desde criança às vezes tentam me forçar a uma realidade que não é a minha. Isso acaba conflitando em muitos assuntos pessoais que todos nós temos, como, por exemplo, assuntos de fé ou assuntos sociais”, contou em entrevista para a BBC.
Redação: iBahia