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Uma mulher, identificada como Daniela Barbosa, foi acusada de ter roubado itens de uma farmácia no bairro da Liberdade, em Salvador. A acusação teria sido feita pela gerente do estabelecimento, que a abordou ainda no comércio e obrigou a tirar a roupa. Ao perceber o que estava acontecendo, a vítima resolveu filmar.
No aúdio da gravação feita pela vítima é possível ouvir a fala da funcionária da loja: "O produto poderia estar na sua mão. Nesse meio caminho que eu fiz, eu não consegui ver. No caminho que fiz de lá para cá, a senhora poderia ter colocado o produto em algum outro lugar e eu não vi", acusa.
Em entrevista à reportagem da TV Aratu, Daniela detalhou que foi solicitada a tirar a roupa e esvaziar a bolsa para verificar se ela estava com algum pertence da loja. Ainda segundo ela, após toda a ação e confirmação de que não havia nenhum item em seus pertences, a funcionária pediu desculpa pelo ocorrido.
A reportagem tentou contato com o estabelecimento acusado, mas não obteve retorno.
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Após a ocorrência, a funcionária foi conduzida até a Central de Flagrantes para identificar se tratava de um crime de racismo ou injúria racial e uma ivestigação foi iniciada.
Em Salvador e para toda a Bahia, casos de Racismo são acompanhados por uma nova coordenadoria. A Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Descriminação (COERCID), que fica na Rua do Tesouro, Centro histórico. Em entrevista exclusiva para a TV Aratu, a delegada da unidade, Ana Cristina de Carvalho, reforçou que a Coordenação trabalha em articulação com as demais unidades das Polícias Civil e Militar que já faziam acompanhamento dessas ocorrências antes mesmo da inauguração da COERCID, que atua desde o mês de março desse ano.
A delegada reforçou também, a importância da denúncia de ocorrência e até mesmo do registro de imagens ou aúdios, como foi feito pela vítima na ocasião, que possibilite facilitar a investigação. A Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Descriminação (COERCID) atua contra crimes de racismos, intolerância religiosa e discriminação LGBTQIA+. O telefone da unidade dedicada para denuncias é o (71)99637-8289
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