A galinha chorou, e o consumidor também: ovos sobem mais de 200% acima da inflação

 

O ovo foi o produto que apresentou a maior variação de preço entre os meses de março de 2020 e maio de 2022, com 202,13% acima da inflação oficial entre 40 produtos pesquisados para a 3ª edição do “Estudo Sobre Variação de Preços dos Produtos na Pandemia” do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).

Outras altas foram verificadas em: argamassa (139,4%) e açúcar (110,51%). A variação média de preços, segundo o levantamento, foi de 57,5%, o que representa 37,6% acima da inflação oficial, que foi de 19,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além do ovo, outros produtos também apresentaram diferença significativa na variação de preços em comparação com a inflação, como é o caso da carne bovina (91,11%) e o etanol-álcool combustível (litro), com 64,24%. Apenas dois itens pesquisados ficaram com a variação de preço menor que o IPCA do período, o caderno 10 matérias (un), com -15,43%, e a caneta esferográfica (un), com -12,92%.

Uma possibilidade para esse aumento, segundo André Braz, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), foi o aumento de consumo de ovos para fugir do preço alto da carne.

— Rações, frete e mão de obra explicam essa escalada dos preços — explica Braz, que acrescenta: — A alta acumulada de março de 2020 a maio de 2022 para ovos no IPC/FGV foi de 38,40%.

Jornal Extra 

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