Foto: Reprdução
Um casal foi preso suspeito de se passar por pais de uma recém-nascida para registrá-la em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital goiana. De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), a mulher e a mãe da criança trocaram documentos, para que uma se passasse pela outra. A corporação investiga se houve algum beneficiamento.
O casal foi preso na terça-feira (22/11). A bebê nasceu no domingo (20/11). Segundo informações da polícia, a mulher também foi identificada como a acompanhante da mãe biológica da criança, durante a permanência dela na Maternidade Marlene Teixeira. A recém-nascida foi registrada como filha legítima do casal detido.
Troca de documentos
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde de Aparecida informou que a mulher chegou à unidade já em trabalho de parto e sem os documentos pessoais. A maternidade completou que, após o parto, a equipe médica percebeu divergências nas informações prestadas pela paciente e por sua acompanhante e acionou a polícia.
Segundo a delegada responsável pelo caso, Bruna Coelho, houve uma troca de documentos para que uma se passasse pela outra.
De acordo com ela, o casal levou ao cartório o documento do nascido vivo que o hospital emite, em que já sairia o nome de quem faria o registro. Ainda conforme a explicação da polícia, a mãe biológica não soube dizer se deu ou não a autorização para a ação.
As identidades dos envolvidos não foram reveladas.
Crime
De acordo com a polícia, a corporação apura se houve algum beneficiamento ou vantagem econômica, para que a mãe entregasse a bebê, ou ainda se seria apenas uma entrega para adoção. Conforme a investigadora, a polícia vai apurar qual foi o tipo de transação feita com essa criança.
Ainda segundo Bruna Coelho, a recém-nascida foi encaminhada para o Conselho Tutelar e vai ficar em um abrigo até o juiz decidir se a mãe tem condições de ter a guarda.
Se condenado, o casal pode responder por registrar o filho de outra pessoa como seu, com pena de até 6 anos, e falsidade ideológica, com pena de até 5 anos. Além disso, se confirmado que a mãe foi beneficiada com a entrega da bebê, tanto ela quanto o casal, podem ter pena de até 4 anos, segundo a delegada.
Fonte: Metrópoles