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Uma assistente social de Salvador teve uma ideia bem inusitada para se sentir mais segura nas estradas. Desde agosto, para trabalhar em uma cidade que fica na região metropolitana, ela coloca um casal de manequins para passar a impressão de que está sempre acompanhada.
Rosenilda Aragão tem 55 anos e trabalha em Mata de São João. Juntos, a baiana e os manequins saem do subúrbio de Salvador, seguem por uma rodovia estadual e depois a BR-324, até chegarem no município, em uma viagem que dura pouco mais de uma hora.
A baiana nunca foi assaltada, mas acredita que, quanto mais gente no carro, menor a chance de se tornar alvo de bandidos. Os bonecos foram apelidados como Rosita e Pepe.
“Tinha uma cabeça de boneco em cima da laje. Minha sobrinha disse que tinha um corpo de um manequim, que não ia mais utilizar e eu poderia pegar e fazer uma boneca. Depois comprei um boneco e, agora, tenho meus companheiros Rosita e Pepe”, disse Rosenilda.
No fim do expediente sempre é ofertada carona. Nesses casos, o colo de Pepe é disputado.
“Ele é um cara muito respeitador. O Pepe arrasa”, disse uma amiga da assistente social.
A criatividade da assistente social tem rendido também alguns sustos na vizinhança. Melissa Cardoso precisou se aproximar do carro para perceber que os ocupantes eram manequins.
“Percebi que aquela ‘pessoa’ estava me olhando demais. Foi quando olhei direito e vi que não se tratava de uma pessoa, e sim, de um manequim. Comecei a rir da situação com meu filho”, contou Melissa Cardoso.
Rosenilda Aragão não é influenciadora digital ,mas a ideia inusitada foi registrada por vizinhos que colocaram o vídeo nas redes sociais e já teve mais de 250 mil visualizações.
Para não pairar dúvida da história, o sargento da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) Joceval Soares gravou vídeo quando abordou o carro de Rosenilda na estrada.
“Eu a parabenizei, mas fiz a ressalva em relação aos bonecos, que estavam sem o uso do cinto de segurança”, brincou o sargento.
A mãe da assistente social, Helena Aragão, ainda acha esquisita a ideia da filha.
“Mas eu achei interessante porque tem um companheiro com quem ela fica conversando. E eu já falei: ‘Cuidado para não ficar maluca'”, brincou a mãe da assistente social.
Depois que a família cresceu, Rosenilda resolveu mudar o famoso ditado: “melhor acompanhada com bonecos, do que só”.
Por g1 BA e TV Bahia