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Uma adolescente trans de 16 anos foi agredida a pauladas na Praça da Mangueira, no bairro do Cabula, em Salvador. Segundo a Polícia Civil, os agressores também são adolescentes e o caso é investigado pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente.
Em entrevista ao g1, a mãe da adolescente agredida, a autônoma Hayla Martins dos Santos, contou que a filha sofre bullying na escola há três anos por causa do gênero e da orientação sexual. Ela viu parte da agressão que aconteceu na quinta-feira (15), que também foi filmada e circula nas redes sociais.
"Faltou pouco para matarem minha filha. Nossa família está muito abalada, ela ficou com as costas e a barriga machucadas", desabafou.
Hayla explicou que a agressão aconteceu por causa de uma confusão anterior. Segundo a mãe, a menina passou pela praça, foi xingada por um colega de escola e reagiu batendo no garoto. Após ser agredido, o menino chamou o amigo, que aparece batendo na adolescente no vídeo.
Antes de bater na menina, ele ameaçou: "da próxima vez você vai ver do que eu sou capaz". Uma das pauladas que ela recebe é tão forte que a madeira chega a quebrar.
"Quando eu cheguei na praça, as pauladas já tinham acabado. Eles estavam discutindo e eu vi que um dos meninos estava com uma faca. Gritei para ela parar de discutir com eles, porque ela poderia ser morta", contou a mãe.
Ela ainda disse que a filha recebe ameaças através da redes sociais e que não sai de casa com medo de ser agredida ou morta.
"Se encostar em mais algum parceiro meu, vai morrer", diz uma das mensagens.
A mãe da menina registrou boletim de ocorrência na polícia e levou o caso para o Conselho Tutelar. Em nota a polícia informou que as guias para exames de corpo de delito foram expedidas e as oitivas já foram marcadas.
Fonte: g1 Bahia