Foto: Reprodução
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), receberam, na tarde desta segunda-feira (12/12), a diplomação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A cerimônia contou com a presença de apoiadores e aliados da chapa eleita. Em sua entrada no plenário da corte eleitoral, apoiadores e aliados o receberam com aplausos e gritos de “boa tarde, presidente Lula” — uma alusão ao grito que faziam na vigília, quando o presidente se encontrava preso em Curitiba.
Na sequência, foi entoado o Hino Nacional e os diplomas foram entregues. Lula recebeu o documento das mãos do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, e ao som de aliados cantando “olê olê olá, Lula”.
Discurso
Em seu discurso, Lula agradeceu ao apoio recebido de seus aliados e apoiadores. “Esse diploma que recebi não é um diploma de Lula presidente. É um diploma de uma parcela significativa do povo que reconquistou o direito de viver em democracia nesse país. Voces ganharam esse diploma”, disse Lula. O presidente eleito se emocionou ao relembrar o preconceito vivido por não possuir diploma, e mesmo assim ter sido eleito presidente do Brasil pela terceira vez.
"Quem passa pelo que eu passei, estar aqui agora é a certeza de Deus existe", disse, emocionado.
"Eu sei o quanto custou ao povo brasileiro essa espera para reconquistar a democracia no país. Faria todos os esforços de assumir não só a campanha, mas ao longe toda vida", completou.
Diplomação
O protocolo da diplomação acontece desde 1946 e marca o fim do processo eleitoral. A cerimônia organizada pela Justiça Eleitoral, prevista no Código Eleitoral, atesta que os candidatos foram efetivamente eleitos pelo povo nas eleições gerais.
Lula e Alckmin receberam documentos chamados “diplomas”, assinados pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Assim, estarão habilitados para exercerem os mandatos, apesar de terem que aguardar serem empossados em 1º de janeiro de 2023. A diplomação é uma exigência legal para que a posse ocorra.
O prazo limite para a Corte atestar oficialmente a vitória do candidato eleito é dia 19, segundo o cronograma da Justiça Eleitoral. No entanto, neste ano, foi antecipada, ocorrendo nesta segunda-feira, no Plenário do TSE. A antecipação ocorreu pelo receio da equipe de Lula, e também dos tribunais superiores, de que houvesse tumulto causado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a cerimônia.
O evento conta com um forte esquema de segurança. A Secretaria de Segurança Pública orientou que os motoristas evitem a área próxima ao TSE.
Por Correio Braziliense