'Nunca mais piso em um bar', diz sobrevivente de chacina em Sinop

Foto: Reprodução

 O motorista por aplicativo Alcimar José da Silva Camargo afirma que nunca mais frequentá um bar, após escapar da chacina em Sinop, a cerca de 500 km de Cuiabá, no Mato Grosso nesta terça-feira (21/2), depois que os atiradores perderam partidas de sinuca no estabelecimento.


A polícia identificou os atiradores como Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos (à esquerda na imagem abaixo), e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos (à direita na imagem abaixo). Ezequias morreu em confronto com a polícia. A Polícia Civil solicitou a prisão temporária da dupla e as forças de segurança estaduais, com apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), trabalham nas buscas pelos suspeitos.


Alcimar contou à TV Centro América que estava no local momentos antes da tragédia que matou sete pessoas – entre elas, uma adolescente de 12 anos, identificada como Larissa Frazão de Almeida.


"Nunca mais eu piso em um bar. Se me disserem que tem um bar com mesa de sinuca, baralho, eu estou fora”, disse. "Nasci de novo”.


De acordo com ele, todas as vítimas eram conhecidas e frequentavam o estabelecimento. Ele era amigo de infância de Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, dono do bar e um dos primeiros a serem mortos pelos atiradores.


"Estou até agora sem acreditar. Para mim é uma mentira. Não dormi à noite e estou sem chão."


Sete vítimas da chacina:

Larissa Frasao de Almeida – 12 anos (filha de Getúlio, que também foi morto, e de Raquel Gomes de Almeida, que sobreveu à chacina)

Getúlio Rodrigues Frasão Júnior – 36 anos (pai de Larissa e marido de Raquel Gomes de Almeida, que sobreveu à chacina)

Orisberto Pereira Sousa – 38 anos

Adriano Balbinote – 46 anos

Josué Ramos Tenório – 48 anos

Maciel Bruno de Andrade Costa – 35 anos

Elizeu Santos da Silva – 47 anos (ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu no hospital)


Getúlio e Larissa eram naturais do Maranhão e os corpos devem ser levados para o município de Governador Nunes Freira, a 224 km de São Luís, na manhã desta quinta-feira (22). O pai morava em Mato Grosso há cerca de três anos e trabalhava como pedreiro. A filha havia se mudado recentemente para Sinop para estudar, segundo a família.


Duas pessoas sobreviveram: Raquel Gomes de Almeida, mãe de Raquel e esposa de Getúlio, e Luiz Carlos Souza Barbosa, sobrinho de Getúlio.

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